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MIOMAS UTERINOS

Atualizado: 31 de jan. de 2022

Os Leiomiomas uterinos ou miomas uterinos são os tumores pélvicos sólidos mais

frequentes do trato genital feminino.

A teoria mais aceita para explicar o aparecimento dos miomas é a perda de regulação do crescimento das células miometriais originando um grupo de células que irá formar o nódulo de mioma.

Os miomas estão presentes em mais de 30% das mulheres em idade fértil e aproximadamente 50% das mulheres acima dos 40 anos, são mais frequentes nas mulheres com antecedente familiar de mioma uterino.


Os miomas podem ser classificados em subseroso, submucoso ou intramural conforme sua localização no corpo uterino.

As principais manifestações clinicas são : dor pélvica , sangramento uterino anormal, aumento do volume abdominal e infertilidade. Estas manifestações dependem da localização e tamanho dos miomas.

O diagnóstico é feito pela anamnese, exame físico ginecológico e exames de imagem

( ultrassonografia e ressonância magnética ).

Antiinflamatórios não hormonais e pílulas anticoncepcionais geralmente são a primeira

linha de tratamento dos miomas, no entanto alguns medicamentos como os análogos do

GnRH podem ser utilizados, principalmente no preparo para cirurgias minimamente

invasivas.

O tratamento cirúrgico dos miomas pode ser dividido em dois grupos a seguir :

  1. conservador ( retidada dos miomas e preservação do útero).

  2. radical (retirada do corpo uterino). O tratamento cirúrgico pode ser realizado pela técnica convencional ( laparotomica ) ou através das técnicas minimamente invasivas ( histeroscopia, laparoscopia ou cirurgia robótica), a depender do tamanho e localização dos miomas.

Os principais diagnósticos diferencias dos miomas são o leiomiossarcoma, neoplasias estromais, carcinoma endometrial.


QUADRO CLINICO

Mioma uterino ou leiomioma o tumor benigno de musculo liso mais comum no sexo feminino. A maior prevalência dos miomas uterinos em mulheres entre 35 a 45 anos, estes podem apresentar crescimento durante a gestação ou durante uso de medicações hormonais em altas doses e tendem a regredir de tamanho após a menopausa, isso é explicado pela maior concentração de receptores hormonais no mioma quando comparado ao tecido uterino normal.

Existe uma incidência 2 vezes maior em mulheres com alto índice de massa corporal quando comparada as mulheres magras , assim como menor incidência nas pacientes atletas. Cerca de 20% das mulheres portadoras de miomas uterinos são assintomáticas.

As principais manifestações clinicas dos miomas são o aumento do fluxo menstrual , algia pélvica , infertilidade e aumento do volume abdominal, a intensidade dos sintomas depende da localização, quantidade e tamanho dos miomas. Miomas localizados na cavidade uterina chamados de submucosos geralmente estão relacionados ao aumento do fluxo menstrual e

infertilidade. O excesso do fluxo menstrual pode levar a quadros anêmicos e sintomas de fadiga e astenia. O aumento do volume uterino pode comprimir estruturas adjacentes ao útero levando ao aparecimento de sintomas urinários e intestinais. miomas com crescimento muito rápido ( acima de 25% em 3 meses ) devem ter diagnóstico diferencial de leiomiossarcoma.


Diagnóstico

A História clinica ( aumento do fluxo menstrual , algia pélvica e infertilidade ) associada ao exame clinico levam ao médico suspeitar do diagnóstico de miomas uterinos , porem alguns exames de imagem auxiliam o medico na elucidação deste diagnóstico.

O principal exame de imagem utilizado no diagnostico dos miomas uterinos é a ultrassonografia pélvica, principalmente pela alta acurácia, disponibilidade e baixo custo, este pode ser realizado pelas vias abdominal ou transvaginal.

A ressonância nuclear magnética de pelve pode ser utilizada para situações onde encontramos 5 ou mais miomas uterinos , diferenciação entre miomas uterinos e adenomiose e no planejamento cirúrgico .

A histerossalpingografia (exame realizado para avaliar a permeabilidade tubarea) deve ser indicado principalmente após realização de cirurgia conservadora.

Avaliação endoscópica ( histeroscopia ) é indicada principalmente para avaliação dos miomas submucosos , decisão pela tecnica cirúrgica e diagnostico diferencial de miomas , pólipos uterinos e neoplasias malignas uterinas ( leiomiossarcoma e adenocarcinoma de endométrio).

Nos casos de miomas com crescimento rápido é importante a realização de exames complementares como doplerfluxometria e histeroscopia com biopsia para diagnóstico diferencial de leiomiossarcoma.


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