A endometriose, doença caracterizada pelo implante de um tecido que reveste a cavidade do útero, chamado endométrio, fora do útero, pode ser classificada em três subtipos: superficial, ovariano e profundo. E, este último, vem sendo associado a sintomas de dor mais intensos.
Dentre os sintomas de dor, o mais frequente foi a dismenorreia (76,5%), a cólica menstrual aguda; seguida da dispareunia (44,2%), que é a dor profunda durante a relação sexual; e a dor pélvica acíclica (36,6%), aquela que não tem relação com o ciclo menstrual.
As dores, consideradas incapacitantes, fazem com que a mulher tenha uma péssima qualidade de vida. E isso pode limitar as atividades do dia a dia, inclusive acometer sua vida.
Outro dado que chama atenção é em relação a infertilidade, que esteve presente em 41,9% das pacientes. A endometriose pode acometer as tubas uterinas. Esse órgão leva o óvulo até o útero, por isso pode ser uma das causas da infertilidade. Podem ocorrer também alterações hormonais e imunológicas que impeçam a gestação. Por outro lado, apesar de ser uma das principais causas de infertilidade (senão a principal), sempre que bem tratada as chances de engravidar são grandes.
A endometriose foi considerada pela OMS um problema de saúde pública, já que interfere na qualidade de vida da mulher por conta das dores incapacitantes que provoca e da infertilidade.
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