A ressonância magnética (RM) é uma técnica de imagem amplamente utilizada na avaliação da endometriose. A RM pode fornecer informações detalhadas sobre a localização, extensão e características dos implantes endometriais, bem como de possíveis complicações associadas.
Vários estudos têm demonstrado a eficácia da RM na identificação da endometriose profunda, especialmente em casos de comprometimento do septo retovaginal, ligamentos sacrouterinos e reto. Além disso, a RM pode ajudar a diferenciar a endometriose de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como tumores pélvicos ou cistos ovarianos complexos.
De acordo com um estudo de revisão de Vianna et al. (2019), a RM possui sensibilidade e especificidade superiores a 90% no diagnóstico da endometriose, especialmente quando realizada com sequências especializadas como a RM com sequências ponderadas em difusão e dinâmica pélvica. Além disso, a RM pode ajudar na avaliação pré-operatória e no planejamento cirúrgico, contribuindo para uma abordagem mais precisa e minimamente invasiva.
Em resumo, a ressonância magnética desempenha um papel fundamental no diagnóstico e manejo da endometriose, fornecendo informações valiosas que podem orientar o tratamento e melhorar os resultados clínicos.
Referência:
Vianna EP, Araújo RM, Maia TLA, Tanure LH, Ribeiro A, Coutinho FGS. Endometriose Pélvica Profunda - Rumo a um Fenótipo Focado em Bioimagem. Journal of Vascular Brasileiro. 2019; 18(2):e20190044.
Dr. Rogério Tadeu Felizi
Médico ginecologista especialista em tratamento de endometriose e miomas uterinos
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