A menstruação é o desprendimento do endométrio, camada interna do útero, que se modifica todos os meses e no final do ciclo descama, caso não tenha acontecido a fecundação. Esse processo envolve diversos hormônios e dentre eles destacam-se o estrogênio e a progesterona, produzidos pelo ovário e o hormônio folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH), produzidos pela hipófise.
Quando a produção destes hormônios é afetada por algum problema, podem ocorrer a irregularidade menstrual, excesso de menstruação, falta de ovulação e ausência de sangramento. Estas situações se ocorrerem não são normais e devem ser tratadas.
Por outro lado, quando induzida pelo médico, seja com o uso de pílulas anticoncepcionais, pílulas de progesterona, implantes ou outros meios hormonais, na maior parte das vezes tem como principal objetivo deixar o endométrio em estado de latência, ou seja impedindo a sua modificação cíclica e desta forma a menstruação vai acontecer na dependência do tipo de tratamento hormonal que foi proposto.
É a individualização do tratamento, buscando entender e respeitar os objetivos da mulher, seus sintomas, suas crenças, seu desejo reprodutivo e a gravidade da endometriose. Existem diferentes tratamentos hormonais disponíveis e a ausência de melhora ou de adaptação com o primeiro esquema proposto não deve ser interpretado como falha de resposta ao tratamento hormonal da endometriose. A mulher deve ser encorajada a tentar outros esquemas hormonais, caso não tenha indicação absoluta de uma cirurgia para endometriose.
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